quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Avatar: epifania visual


Meu objetivo com esse post não é relatar, mais uma vez, a evolução tecnológica alcançada pelo diretor James Cameron com o projeto Avatar, que culminou em um filme marcante na história do cinema mundial. Minha visão é puramente sensitiva, de espectadora. Fiquei enlouquecida com as cores, as idéias empregadas na concepção da fauna e da flora do planeta Pandora e com a descrição do relacionamento dos Na’vis com o seu habitat.

A experiência sensorial, em 3-D, remete a um mundo em que os seres têm uma ligação umbilical com o meio em que vivem e a “mãe natureza” promove o equilíbrio de todos os elementos presentes em seu ecossistema. A pesquisa e o desenvolvimento de recursos tecnológicos transformaram-se em uma obra homogênea. Tudo flui com muita naturalidade no mundo fantástico de Pandora. Parece até um paradoxo, mas quem viu o filme me entenderá. É uma epifania visual.

Com esse investimento maciço na criação de um meio ambiente alienígena repleto de criaturas encantadoras e relevo exótico, a performance dos atores acaba se diluindo na obra. Eles são os coadjuvantes do espetáculo. Não conseguimos prestar muita atenção aos detalhes das expressões e maneirismos dos atores, na forma humana ou como avatares.

A longa espera pela oportunidade de assistir ao filme valeu a pena. Além da inovação tecnológica, Avatar desperta a consciência do público para as questões ecológicas e deixa uma mensagem clara: destruir a natureza em nome da ganância é decretar o fim da humanidade!