A experiência sensorial, em 3-D, remete a um mundo em que os seres têm uma ligação umbilical com o meio em que vivem e a “mãe natureza” promove o equilíbrio de todos os elementos presentes em seu ecossistema. A pesquisa e o desenvolvimento de recursos tecnológicos transformaram-se em uma obra homogênea. Tudo flui com muita naturalidade no mundo fantástico de Pandora. Parece até um paradoxo, mas quem viu o filme me entenderá. É uma epifania visual.
Com esse investimento maciço na criação de um meio ambiente alienígena repleto de criaturas encantadoras e relevo exótico, a performance dos atores acaba se diluindo na obra. Eles são os coadjuvantes do espetáculo. Não conseguimos prestar muita atenção aos detalhes das expressões e maneirismos dos atores, na forma humana ou como avatares.
A longa espera pela oportunidade de assistir ao filme valeu a pena. Além da inovação tecnológica, Avatar desperta a consciência do público para as questões ecológicas e deixa uma mensagem clara: destruir a natureza em nome da ganância é decretar o fim da humanidade!