quarta-feira, 25 de março de 2009

O Casamento de Rachel

Uma câmera frenética acompanha os passos de Kim (Anne Hathaway), em sua volta para casa, após passar pela rehab. O lar está em polvorosa em função dos preparativos do casamento de sua irmã, Rachel. Este é o ponto de partida da trama de O Casamento de Rachel (Rachel Getting Married, 2008), que desmembra a relação dessa família marcada pelas consequências dos conflitos e vícios de Kim.

Nessa película, temos uma Anne Hathaway muito diferente da bonequinha de luxo de O Diário da Princesa e O Diabo Veste Prada. Perturbada, sua personagem Kim vive em colisões: de carro, com a mãe, a irmã, com seus próprios sentimentos. A história correlaciona a luta de Kim para se entender e se reintegrar à família e o matrimônio que dá nome ao filme, caracterizado por ritmos e cores multiculturais.


A disputa de Rachel e Kim pelas atenções da família extrapola a tela e confunde o espectador, que indaga: quem é a protagonista? Fica difícil concluir algo, uma vez que a eclosão das discussões das irmãs se confunde com os “solos” de Kim e a miscelânea reinante na festa de casamento. Afinal, Rachel se casa com Sidney, um músico negro rodeado por amigos de etnias e costumes distintos entre si. Hip hop, influências indianas, soul, jazz e até samba e mulatas requebrando compõem esse caldeirão.

A obra reúne explosões de emoções no cerne desse clã que ambiciona cicatrizar as feridas e seguir em frente, além de coroar o trabalho de Hathaway, indicada ao Oscar de Melhor Atriz neste ano por sua atuação.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A manipulação da montagem — Eisenstein

Como comentei no post anterior, ingressei em um curso sobre a história do cinema, e irei alimentar o blog com as minhas impressões sobre os assuntos tratados em aula. A etapa inicial do curso abordou os primórdios do cinema, a evolução da linguagem cinematográfica — que passou do documental à ficcção —, e a estruturação do classicismo, ou seja, a criação das "regras esquemáticas" para a produção de um filme. Os personagens mais importantes desta fase inicial são George Méliès e Charles Chaplin.

O segundo encontro teve início com a apresentação da escola russa, que se posiciona contra o classicismo e busca formas novas de manipulação das histórias, por meio da montagem das películas. O principal representante dessa quebra da lógica criada no cinema norte-americano foi Sergei Eisenstein, idealizador do " O Encouraçado Potemkin" (1925), que discorre sobre uma rebelião de marinheiros durante a Revolução Russa. Eisenstein, com formação em engenharia e arquitetura, racionalizava os fotogramas, salpicando em cada um deles elementos simbólicos para se referir à transferência do poder da elite para a classes oprimidas.


O destaque do filme é uma sequencia ambientada na escadaria da cidade de Odessa. As cenas iniciais, banhadas em luz, são substituídas pelas imagens chocantes de repressão violenta exercida pela guarda do czar. A própria escada já representa a diferença entre as classes. A passagem da mãe assassinada, cujo carrinho de bebê desce degraus abaixo, é sempre citada como uma das mais famosas da história do cinema (fonte: Wikipedia).

Nessa época (década de 20), também surgem as primeiras teorias sobre o cinema. Os pensadores discutiam principalmente se a mídia deveria ser utilizada a serviço da população, reproduzindo com a maior fidedignidade possível histórias verídicas; a manipulação dos fatos de forma a recriar significados (estilo personificado por Eisenstein); e o cinema reflexivo, ou seja, ser fiel aos acontecimentos mas com uma visão analítica.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cinema a serviço da criatividade

A criatividade é essencial para o desempenho da minha função. Há vídeos e treinamentos específicos sobre o tema, mas eu prefiro entrar em contato com assuntos de que gosto ou diferentes dos quais lido no dia-a-dia para ampliar meu repertório.

Ingressei recentemente em um curso sobre a história do cinema, cujo conteúdo versa sobre os primórdios da sétima arte e as principais manifestações cinematográficas ocorridas na Europa, Estados Unidos e Índia, passando pelo cinema brasileiro.

O que me achou a atenção na primeira aula foi justamente a evolução rápida dessa mídia e o desenvolvimento de sua estrutura, no início do século XX, que perdura até hoje.

A criatividade está lá, em cada trecho dessa trajetória. Destaco o filme considerado o pioneiro do gênero de ficção, Viagem à Lua (1902), do francês George Méliès, um curta com oito minutos de duração que mostra a visão fantasiosa do homem sobre o satélite terrestre quase 60 anos antes de Neil Armstrong realizar a façanha de pisar lá, em 1969.

Em um salto gigantesco ante as limitações técnicas da época, em 1914 chega às salas de projeção o sensacional O Vagabundo, de Charles Chaplin, que consagraria o personagem Carlitos como o ícone do cinema mudo. Nesse filme, temos roteiro, figurino, montagem, iluminação, planos de câmera diferentes, densidade nos personagens, ou seja, tudo o que observamos nas películas atuais.

Esses exemplos são fundamentais para acreditarmos que pensar diferente e aproveitar os recursos que temos para inovar sempre surte efeitos surpreendentes. George Méliès era um ilusionista e transportou as técnicas que usava nos palcos para as telas de cinema. Chaplin se transformou em um mestre da comicidade abusando dos trejeitos e da força das expressões faciais para burlar a ausência de áudio no cinema.

Foi apenas um sonho...

Com o filme Foi Apenas um Sonho (Revolucionary Road), o diretor Sam Mendes, aclamado por Beleza Americana, revisitou o subúrbio americano para revelar a plasticidade e a falta de escopo e sentido no cotidiano do casal April e Frank Wheeler. Os atores Kate Winslet e Leonardo Di Caprio reeditam a parceria de sucesso de Titanic, mas a tônica do relacionamento não se assemelha em nada ao romantismo da dupla Jack/Rose. Suas personagens estão na casa dos trinta anos, dois filhos; ela, dona de casa entediada; ele, funcionário de um escritório sem apreço pela função que desempenha.

Em flashes rápidos, são descortinados os anos incipientes da história de amor que começou com uma conversa e uma dança e acabou rendida às convenções. April ambicionava a carreira de atriz; Frank ainda não definira qual rumo dar à sua existência. April declara ao futuro marido que ele é a pessoa mais interessante que conhecera. Com o tempo, a admiração cede espaço ao desalento. Após o casamento, o nascimento dos filhos e a cristalização da vida doméstica e pacata, ela é acometida por um "vazio sem esperança". Uma espécie de Madame Bovary da década de 50 ou mesmo um simulacro das mulheres deprimidas de As Horas, película baseada no livro Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf.

Para acabar com a monotonia, eis que surge a brilhante idéia: "Vamos morar em Paris!". Frank esteve na Cidade Luz durante a 2ª Guerra, e, segundo ele, "lá as pessoas viviam de verdade". Com o novo plano traçado, até respirar ficou mais fácil e a harmonia volta a reinar entre eles. Ao comunicarem a notícia da mudança, os colegas de trabalho de Frank, os vizinhos, enfim, todos ficam boquiabertos com a atitude rebelde, "imatura" e "descabida" do casal.

As ilusões, entretanto, duram pouco. A falta de sentido que corrói ambos é dissecada pelo ex-matemático John, vivido por Michael Shannon (indicado ao Oscar 2009 como melhor ator coadjuvante), filho da amiga do casal Helen Givings (Kathy Bates).

Considerado "perturbado", após internações em instituições psiquiátricas e submetido a sessões de choques elétricos, cabe a ele a missão de verbalizar o improferível e dar o start na tensão velada.As agressões morais, traições e mágoas eclodem e minam qualquer chance de reconciliação. O amor estava extinto.

Os embates de ideias entre Winslet e Di Caprio arrepiam e criam rápida identificação com o público. Impossível não se questionar: "O que quero fazer com meu futuro?". Para quem gosta de refletir sobre a vida ou de uma história que fuja do rótulo "Blockbuster", vale a pena conferir!

O Libertino

Ao longo da evolução (ou não) da vida em sociedade, os homens sempre lutaram por interesses e os mascararam com ideologias. Aos vencedores ficaram as tarefas de contar a história e cristalizar suas idiossincrasias. Em outra frente estão os que contestam os valores impostos pela ordem dominante. Uma das formas de refutar o senhorio ideológico é a crítica permeada pelo caos. Chocar as pessoas. Transgredir. Satirizar.

Os agentes da balbúrdia existem para romper paradigmas, quebrar o ritmo cadenciado difundido pela voz uníssona. As maneiras de fazê-lo despertam admiração, ódio, mas dificilmente passam despercebidas. No século XVII, em uma Inglaterra dividida entre as liberdades individuais e a pressão da Igreja, desentendimentos entre o Parlamento e o monarca e assédio da coroa francesa, o poeta inglês John Wilmot, o Conde de Rochester, desponta como O Libertino (The libertine, 2005), erudito, inteligente e sem o menor pudor em exteriorizar seu asco aos maneirismos de sua época.

A cinebiografia baseada no livro do dramaturgo Stephen Jeffreys de 1994 narra as aventuras sexuais de Rochester, seus textos repletos de passagens eróticas e com duras críticas ao governo de Carlos II, o amor pela atriz Elizabeth Barry e a morte prematura, aos 33 anos, devido à sífilis contraída durante a vida desregrada.

O protagonista é encarnado por Johnny Deep, famoso por personagens excêntricos como Edward Mãos de Tesoura (1990), Willy Wonka, na refilmagem de A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005), o escritor Mott Rainey, de Janela Secreta (2004), e o engraçadíssimo Capitão Jack Sparrow, da franquia Piratas do Caribe (2003, 2006 e 2007).

No prólogo, Wilmot alerta que não será um personagem "simpático". E não é. Avesso às convenções e mergulhado em suas visões sobre o mundo, o Conde de Rochester destaca-se por viver intensamente, sem dar explicações ao seu superego. Assim, Deep incorpora ao seu rol de tipos incomuns um contestador convincente.

Somada à interpretação ímpar de Deep, a película conta com uma fotografia sombria, granulada, que transpõe para a tela a atmosfera conturbada da época. A sujeira, lama, ratos, chagas do conde, tudo sugere que a putrefação que habita o interior do poeta deve gritar aos espectadores.

Sinopse

John Wilmot (Johnny Depp), o 2º Conde de Rochester, é um rebelde provocador e um gênio literário da restauração inglesa do século XVII. Wilmot é convocado pelo rei Charles II (John Malkovich) a escrever uma peça, com a responsabilidade de que ela precisa ser magistral e que impressione a corte francesa. Apaixonado pela atriz Elizabeth Barry (Samantha Morton), o desejo de Wilmot em transformá-la em uma estrela e sua inteligência subversiva terminam por escandalizar a sociedade de Londres da época.

As Horas

O filme é brilhante pelas atuações impecáveis do trio de protagonistas e pelos textos que se alternam em frases sutis e cortantes, que descrevem as vidas "desdobradas em um só dia".

Acho interessante um momento do filme em que Mrs. Dalloway é descrita como uma mulher auto-confiante e que por isso ninguém suspeita da angústia que se passa dentro dela. Essa diretriz é seguida por todas as mulheres que sofrem em silêncio.

Virgínia Woolf (Nicole Kidman) senta-se com a irmã e os sobrinhos para uma "conversa" afável na sala de visitas. Todos tagarelam, os sobrinhos se entediam com a falta de atividade física e brincadeiras intrínsecas ao mundo infantil, enquanto Virgínia divaga em seu mundo. A irmã define muito bem seu estado. "Virgínia é uma privilegiada. Ela vive em dois mundos: o real e aquele em que ela cria em seus livros".

Não que a escritora fosse feliz, mas ela tentava se adaptar à vida que não era dela, e enquanto isso produzia sua obra para tentar escapar dos "assuntos triviais" e do cenário bucólico do subúrbio.

A cena em que o marido a impede de ir a Londres sintetiza o dilema que a consumiu por toda da vida. Ela fala que não há como ser pleno se escondendo da vida. Em seu caso específico, o subúrbio não lhe trouxe paz. A paz não existia em seu interior.

Laura (Julianne Moore) tem várias passagens memoráveis, mas o momento em que se despede da vizinha que se submeteria a uma cirurgia grave também reforça esse conceito do "que pareço" em contraponto "ao que sinto". A interlocutora de Moore conta a situação como se fosse algo trivial; no momento seguinte entrega-se à tristeza e revela suas aflições; e finaliza a despedida com a velha máscara da segurança.

Laura ainda passa por momentos cruciais, como o desespero do pequeno Richard quando se dirige ao hotel, a tentativa do suicídio - incluindo o sonho da água invadiando o quarto - e a espera do marido por ela na cama para mais uma noite enfadonha. Entre morrer - levar adiante a vida que não era sua ou pôr fim à existência física - e viver, ela escolheu a segunda opção, sem pensar em mais nnguém.

Clarissa (Meryl Streep) se relaciona com o mundo e com as pessoas caras - a filha e a companheira - sempre fazendo alusão ao verão perfeito que viveu ao lado de Richard quanto tinha 18 anos. O momento em que ela revê o ex-affair do poeta na cozinha funciona como um Big Bang. As emoções jorram com força total, enquanto ela exprime a decepção de ter perdido o amor da juventude, de ter cuidado dele enquanto o ex vagava pelo mundo e o impacto daquele reencontro.

Não eram as heroínas Laura e Clarissa que deveriam morrer, mas o visionário. Elas escolheram a vida e reagiram com as ferramentas que tinham. Apenas a mente que criou Mrs. Dalloway não suportou viver perdida entre duas realidades. Optou pelo "fim".

Sinopse

Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro "Mrs. Dalloway". Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo.

Combinação cromática almodovariana

Revisito um tema muito caro a mim: as cores de Almodóvar. Não consigo determinar se elas são acessórios ou dividem a cena em igualdade com os protagonistas do emblemático diretor espanhol, mas é notória a força impressa por elas em sua obra.

Casacos verdes e paredes encarnadas. Sofás, sangue, pichações, bolsas, carros. Todo o universo pode e deve ter a assinatura do premiado roteirista e diretor. Suas mulheres destemidas e personagens fortes contaminam e são contaminadas pela presença perturbadora dos objetos cênicos que gritam na tela.O panorama muda conforme o observamos.


Prestando mais atenção às vias públicas, enxerguei o mundo pelos olhos de Almodóvar. Atravessando a rua, me deparo com um sinal para os pedestres — em uma das vias — verde...e no outro...vermelho.

Seguindo adiante, um corredor pratica sua atividade física tranquilamente na orla da praia. Traja regata vermelha e é ladeado por um jardim completamente...verde...Até uma logomarca do Mc Donald's com folhagem ao fundo é algo pertinente a essa realidade paralela.

Exagerado e magnífico. Este é Almodóvar. Admiro tamanha percepção sobre as pessoas. Os pensamentos e atitudes bizarros, extremos, paixões, dissabores e lutas travadas contra dores intermináveis são retratados de maneira excepcional.

Ao entrar em contato com o mundo verde e vermelho, aceitamos o inaceitável, justificamos o injustificável e passamos a achar até essa combinação cromática interessante.

09/01/2007

Inspiração oriunda de “O carteiro e o poeta”

Cartas, canções, desabafos, conversas
Manifestações que carregam em si histórias diversas
Retratos propagados, reflexos das emoções humanas
O poeta é inspirado por seus sentimentos e musas
O escritor se rende às intempéries que o cercam
As mensagens se confundem em meio ao contexto desconexo
No entanto, não se perdem
Pelo fato de se tratarem de energia
Quando produzidas e lançadas ao Universo
Perdem a forma, o autor ou assinatura
E passam a pertencer ao mundo
Irrompem de um ser, por meio de relatos da natureza, do cotidiano ou do belo
São metáfora e metonímia:
Recriam experiências sensoriais através de comparações
E transformam um fragmento de emoção em uma passagem completa
O tempo, enfim, é estatizado, eternizadoTraçando um perfil nostálgico que jamais poderá ser apagado!!!!!!

09/03/2005

As Invasões Bárbaras Fictícias e Cotidianas

Hoje tive um dia tomado pelas invasões bárbaras. Durante a tarde, caminhava pelas ruas da minha cidade, um pequeno local de mentalidade provinciana. Observei algumas cenas que aludiam aos choques culturais, mas que constituiriam apenas a fase inicial de uma análise sobre o tema proposto.

Sob o calor causticante, ouvi um ciclista cantarolando uma melodia bem pop, com um toque de romantismo inconseqüente, de uma banda adolescente chamada Pitty. A seguir, um automóvel de pequeno porte pára no semáforo, bem ao meu lado, e, do interior do veículo, é emitida uma voz rouquíssima, de John Fogerty, da banda americana Creedence Clearwater Revival. O quadro se completava com os assovios invasivos de galanteadores urbanos desprovidos de charme.

À noite, decidi viajar na odisséia de Nathan Algren, protagonista de O Último Samurai, interpretado por Tom Cruise. O guerreiro se desloca dos EUA, no fim do século XIX, até a Terra do Sol Nascente, com o intuito de treinar o exército do imperador para lutar contra um grande samurai rebelado. Mais uma invasão bárbara: o confronto da cultura ocidental, militarizada, ostensiva e preocupada em aniquilar quaisquer resquícios de resistência ao seu poderio econômico e a tradição milenar japonesa, que é composta em sua essência por valores como a honra. O sedutor canto capitalista encheu os ouvidos do jovem imperador japonês. O preço da honra pode ser alto, mas é possível ser alcançado.

Para completar o contexto descrito, assisti ao filme que dá a tônica a esse relato, As Invasões Bárbaras. Um roteiro inteligente que exemplifica vários tipos de invasão: o contraste entre o pai acadêmico, idealista, liberal e libertino e o filho, operador do mercado acionista, rico e pragmático; a dos traficantes e suas diferentes nacionalidades, que se alternam no controle do tráfico de drogas; a menção aos ataques terroristas às torres gêmeas em 2001; a atração entre o bom menino e a moça perturbada, que, na infância, testemunhou os jogos de sedução da mãe.

Eis o desfecho das investidas de alienígenas que ora trazem consigo a deturpação de costumes e ora promovem a troca de informações, permitindo o enriquecimento de repertórios. Reflexos das facetas paradoxais da humanidade.


03/11/04